Jul 31, 2010

My beef...e não é comida!

A mais nova expressão que aprendi outro dia ouvindo ao episódio 43 de Imprint (um dos meus podcasts favoritos) foi esta: 
"to have a beef". Pensei logo em comida! Mas, não era. Pelo contexto só poderia ser "ter uma queixa, um problema, uma ressalva, algo contra ou que incomoda a pessoa". No podcast, os apresentadores estavam falando sobre o novo filme da Saga Crepúsculo: Eclipse. Sobre o cabelo de um dos personagens, a apresentadora Elysa falou algo como: "my greatest beef with the hair is that it keeps changing..."


Em português, seria algo como "meu grande problema com o cabelo é que ele vive mudando..." Ou: "algo que me incomoda em relação ao cabelo é que ele vive mudando..."


Há um outro exemplo neste blog. A frase exata é: And this is my beef with the current debate about integrated reporting. It's being portrayed in some circles as our next CSR holy grail. Which of course, it is not. 


Alguns exemplos: 


"I loved the book, but I had a beef with the long descriptions." (Eu adorei o livro, mas o que me incomodou foram as longas descrições.)


"My beef with Brazilian politicians in general is that they are not always honest and trustworthy." (Meu problema com os políticos brasileiros é que eles não são sempre honestos ou confiáveis.)


Eu acho que vou incorporar esta expressão ao meu repertório...e vocês?

Jul 27, 2010

expressões com 'bear'

Eu não sei se aconteceu com vocês, mas a primeira vez que ouvi a expressão 'bear with me' fiquei imaginando a cena de um urso abraçando a pessoa! Meio louco, não? Toda vez que escuto isso me lembro da cena bizarra que imaginei!

A expressão 'bear with me' quer dizer 'me dar apoio, ser paciente ou indulgente comigo'. Então, um professor pode falar para a turma que está começando a fazer um pouco de barulho: "Please, class, bear with me for a moment. The class is almost finishing." (Por favor, pessoal, tenha paciência só mais um pouco. A aula está quase acabando.)

Outra expressão comum é 'bear in mind', que significa 'lembrar, ter em mente'. Exemplo: "I don't like it when people get late to my class. Bear that in mind." (Não gosto quando as pessoas se atrasam para minha aula. Lembrem-se disso.) Outro exemplo: "My father wants me to bear in mind that being rich is not the most important thing in the world." (Meu pai quer que eu tenha em mente que ser rico não é a coisa mais importante do mundo.) Mais um exemplo, no filme Eclipse, a Jane (Dakota Fanning) fala: "The Volturi don't give second chances. Bear that in mind." (Os Volturi não dão uma segunda chance. Lembrem-se disso.)

Tem mais uma: 'bear witness', que significa 'prestar/dar testemunho'. Exemplo: "Mary was summoned to court yesterday to bear witness to a crime." (Maria foi convocada ao tribunal para dar testemunho sobre um crime.)

A palavra 'bear' em todas estas expressões acima é um verbo irregular. O passado é 'bore' e o particípio passado é 'born' (ou borne). 

Agora, tem 'bear hug', que é um abraço muito forte. Neste caso, o 'bear' é 'urso' mesmo. Então seria um 'abraço de urso', muito forte e apertado. Não é verbo, e sim um substantivo funcionando como adjetivo. 

Exemplo: "He gave me this bear hug when he met me after two months apart." (Ele me deu um abraço bem forte quando me viu depois de dois meses de separação/longe um do outro.)


Jul 20, 2010

Discurso indireto - parte 7 (expressões de tempo)

Chegamos ao final das postagens sobre discurso indireto (reported speech). Parece mais uma novela em sete capítulos, não? Mas o final é feliz, prometo!


Quando relatamos o que foi dito, normalmente mudamos as expressões que denotam tempo. Mantemos apenas aquelas em que não houve alteração no tempo em que o discurso foi feito e o tempo em que foi relatado. Então, se a pessoa falou: "I'll go to your place this evening." ("Vou passar na sua casa hoje à noite.") e alguém está passando esta mensagem adiante, mas ainda no mesmo dia, então o "this evening" não muda: "He said he would go to your place this evening."


O mesmo acontece para todas as outras expressões de tempo ou com os pronomes demonstrativos. 
Agora, se houve uma distância temporal entre o que foi falado e o que foi relatado, há mudanças, como vimos nas outras postagens. Para relembrar:



  1. this vira that (Mary: He called me this morning. [direto] "Mary said (that) he had called her that morning." [indireto].
  2. these vira those; (Mary: I don't like these books. [direto]. "Mary said (that) she didn't like those books. [indireto].
  3. today vira that day 
  4. yesterday vira the day before that/the previous day
  5. last night vira the night before that/the previous night (o mesmo para last week, last month = the week before, the month before, etc.)
  6. tomorrow vira the next day/the following day 
  7. next week vira the following week (o mesmo para next month, next year = the following month, the following year, etc.)
  8. ago vira before (two days ago = two days before)
  9. here vira there (se houver mudança no loca a que está se referindo) (Sue: I don't want to be here in class all day. [direto] "Sue said she didn't want to be here in class all day". [indireto, mas se quem estiver relatando estiver no mesmo local referido por Sue.]
Acho que é isso, então! Espero que o discurso indireto não seja mais um mistério para vocês :) 

Jul 9, 2010

Discurso indireto - parte 6 (modals)


Bem, estamos chegando perto de encerrar a parte de discurso indireto.
Agora é a vez dos verbos modais (modal verbs), aqueles que não se flexionam na 3a pessoa do singular, no presente, e que funcionam como auxiliares. Vamos a alguns exemplos:


Discurso direto:


1) Mary: I should be going. I don't want to be late. (É melhor eu ir. Não quero me atrasar./ Devo ir. Não quero me atrasar.)
2) Jake: I would visit you if I could. (Eu visitaria você se eu pudesse.)
3) Pete: You must wear a helmet if you're riding a motorbike. (Você tem que/deve usar capacete quando andar de moto.)
4) Sue: I may go out this weekend, but I'm not sure. (Talvez eu vá sair este fim de semana, mas não tenho certeza.)


Discurso indireto:
1) Mary said (that) she should be going. She didn't want to be late. 
2) Jake said (that) he would visit me if he could. 
3) Pete said (that) we/I must (had to) wear a helmet if we're/I'm riding a motorbike.
4) Sue said (that) she might go out that weekend, but she was not sure.


No exemplo 3, o 'you' pode ser interpretado como 'vocês', no sentido de todas as pessoas, ou no sentido de 'você', a pessoa com quem ele estava falando. Por isso, ficou 'we' ou 'I', no discurso indireto. "Must" pode ser mudado para 'had to', porque 'have to' também indica obrigação. 
Você deve ter observado que os demais modais continuaram do mesmo jeito, não? 
O verbo 'can' também é um modal, mas usamos 'could' no discurso indireto, pois esta é a sua forma no passado. O mesmo acontece com 'may', que fica 'might'. Se a pessoa usar 'might', ele não muda no discurso indireto. Por exemplo: 


Bob: I might have called you, but I wasn't sure you'd like that.


Bod said (that) he might have called me, but he wasn't sure I'd like that.


Há outro modal, o 'shall', mas ele é mais usado em textos literários ou para expressar sugestão, para as pessoas "I" e "we". Em inglês americano ele é raro. 


Exemplo: 
Mary: Shall we go to the movies or to the theater now?


Mary suggested going to the movies or to the theater. Ou: Mary asked if they/we should go to the movies or to the theater. 


Espero ter sido clara.